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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Quebrando o silêncio... e os mitos

Essa é pá-pum. Dá bola quem quiser.

Declarações anôminas de 25 militares israelenses foram feitas à ONG "Shovrim Shtiká" (Quebrando o Silêncio), que reúne veterenos do país.

Segundo eles, palestinos eram usados como escudos durante os bombardeios em Gaza, em 2008. Acrescentaram que existia uma política permissiva por parte do Exército de Israel. Eles teriam ordens para abrir fogo contra qualquer prédio ou pessoa suspeita no território.

Também disseram que o vandalismo contra propriedades palestinas foi frequente durante a ofensiva. Um dos relatos afirma que os soldados eram ensinados que "em guerras urbanas, qualquer um é inimigo, não há inocentes".

Dentro dessa linha toda, vale a pena conhecer o diretor israelense Avi Mograbi, tido como talvez o prinicipal documentarista israelense.

Sucesso no Festival de Veneza com seu "Z32", reclassificado pela censura em Israel, Avi não tem vontade alguma de poupar os governos que “reagem” automaticamente a qualquer situação que beire provocação. Governos pressionados pela população e pela mídia a atuarem à moda de Hamurabi, olho por olho, dente por dente...

Aliás, eu fiz Exército. Lá. Senti o que não tenho capacidade linguística de escrever aqui.

Na verdade, ensinam todos as regras e códigos de moral e ética aos soldados. Mas na hora de ir pro pau, não existe ética. Ehud Barak insiste em dizer que é um dos exércitos mais éticos do mundo e atuam de acordo com os mais elevados códigos morais. Bullshit. Exército é exército.

O judeu que defende o Exército de Israel com unhas e dentes em qualquer circunstância ou é religioso e acredita na baboseira de Israel Bíblica ou nunca conversou nem se tornou amigo de um מג"ב (Magáv, policial de fronteira). Ou acredita que os fins justificam os meios.

Só isso, não falo mais nada ... no próximo post, uma coisa de chorar de rir. Porque esse é de chorar de chorar....

3 comentários:

André 20 de julho de 2009 às 07:47  

Mas é exatamente essa diferença entre Israel e "outro lado". Não que Israel esteja sempre certo e os palestinos sempre errados, ou que Israel seja o mocinho e os palestinos sejam os bandidos. A diferença é que Israel (setores da sociedade, não o governo, obviamente) consegue fazer autocrítica em relação à sua ação, ao contrário dos palestinos.
Ainda assim, a despeito dessas "revelações" desses soldados (que, na verdade não são nem um pouco surpreendentes), ainda assim não há que se comparar um exército regular de um país razoavelmente democrático com terroristas de hamas, hizbolah e etc. cujo objetivo primário é matar o maior número de civis possível.

Naturalmente, nada disso significa que Israel está certo em tudo o que faz. Mas, ainda assim, insisto que o lado que usa o terrorismo é mais errado que o lado que adota táticas de batalha reprováveis e que, deliberadamente, causa mais mortes e destruição do que seria necessário.
Da mesma forma que você, corretamente, diz que exército é exército, guerra também é guerra.
A autocrítica de judeus e israelenses sobre Israel é absolutamente necessária. Mas isso não pode conduzir a uma relativização do mal que é o terrorismo palestino. (não, nem todos os palestinos são terroristas).

Carlos Reiss 20 de julho de 2009 às 09:54  

É isso aí.

O terrorismo é mais errado que o lado que adota táticas de batalha reprováveis e que, deliberadamente, causa mais mortes e destruição do que seria necessário...

Rato 20 de julho de 2009 às 12:19  

Bean,
Oce podia renomear o seu blog.
Que tal Zozo x Bean?
Melhor...
Zozo x Bean e Rato enchendo o saco.
Ou..
Judeuzinho bom x Judeuzinho mau
Outro..
I love jerusalem x I love not being in Jerusalem
Algumas opções...
Abração.

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